Resenha - Torre do Alvorecer ( Trono de Vidro#6) - Minha Biblioteca
- Helza Aragão
- 4 de nov. de 2020
- 4 min de leitura

Chaol em uma tortuosa viagem a um império distante. Chaol Westfall sempre se definiu por sua lealdade inquebrável, sua força e sua posição como capitão da Guarda. Mas tudo mudou desde que o Castelo de Vidro se quebrou, seus homens foram abatidos e o rei de Adarlan o poupou de um golpe de morte, mas deixou seu corpo quebrado. Sua única chance de recuperação reside nos lendários curandeiros da Torre Cesme em Antica ― a fortaleza do poderoso império do continente do sul. E é para lá que ruma Chaol, acompanhado de Nesryn, única mulher na Guarda Real e sua nova capitã, depois de Chaol ter sido nomeado Mão do Rei. Mas com a guerra se aproximando de Dorian e com Aelin lutando por seu trono de direito, Chaol pode ser uma peça-chave para a sobrevivência dos dois jovens monarcas, convencendo outros governantes a se aliarem a eles. O que Chaol e Nesryn descobrem na Antica, no entanto, vai mudar os dois ― e ser mais vital para salvar Erilea do que eles poderiam ter imaginado.
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 644
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Para quem lê minhas resenhas, sabe que eu não sou fã do Chaol, principalmente, por suas atitudes. Quando li a sinopse de Torre do Alvorecer e entendi que o foco era ele, fiquei com um pé atrás, eu tinha acabado de terminar Império de Tempestades e ainda estava na emoção dos personagens daquele livro, ansiosa para o desfecho do que ocorreu no final. Por esses motivos, me vi inclinar até a pular Torre do Alvorecer, depois, pensando melhor, resolvi dar uma chance e não me arrependo nem um pouco.
Ler Torre do Alvorecer me acalmou, em relação aos acontecimentos de Imperio de Tempestades, levei como se fosse um livro a parte, quase como umas “férias”. Além do mais, Torre do Alvorecer é importante para o decorrer da série e eu não recomendo pular. É verdade que a história foca em Chaol e Nesryn, mas aqui temos uma grande revelação sobre um villão tão perigoso quanto Erawan, eu diria, até mais.
Depois dos acontecimentos de Rainha das Sombras, Chaol, ex-capitão da guarda de Adarlan e agora Mão do Rei Dorian, junto com Nesryn, a atual capitã da guarda de Adarlan vão ao reino de Antica, em busca de uma cura para as consequências do que ocorreu com Chaol e para conquistar a confiança do rei local, pois afinal, a guerra está chegando. Nós conhecemos aqui os filhos do rei de Antica, e principalmente, o príncipe Sartaq, além dos costumes incomuns e a torre onde abriga milhares de curandeiros. Um desses curandeiros, é a nossa Yrene.
“— E quanto a você? O que você merece?
— Nada. Não mereço nada . “

Na resenha A Lâmina da Assassina, em um dos contos, conhecemos Yrene ( mais especificamente no conto: a assassina e a curandeira), eu lembro de ter escrito que gostaria que Yrene voltasse, e nesse livro, meu pedido foi atendido. No final do conto Aelin dá dinheiro a Yrene para que ela possa ir em busca do que ela quer: estudar com os melhores curandeiros. Então qual foi a minha surpresa ao ser transportada para os pensamentos ágeis da querida Yrene, logo após ler sobre uma torre cheia de curandeiros? Nenhuma.
Yrene é a pessoa quem vai ajudar Chaol a voltar a andar, mesmo que a própria não goste disso, por motivos próprios. Os capítulos entre os dois se tornam rotina, e o desenvolvimento do companheirismo entre os dois os acompanham.
Enquanto Yrene e Chaol trabalhavam para “concertar” Chaol, ainda existe a tarefa de conquistar a confiança do rei. Uma tarefa digna de muito enrolação, pois o próprio rei está de luto por sua filha Tumelun, que morreu a pouco e acredita-se que a própria se suicidou. Restando em vez de seis filhos do Grande Khagan, cinco: Arghun, chamado de Príncipe dos espiões. Satarq, comandante dos montadores ruks do pai. Hasar, dizem que a mesma tem a armada a seus pés. Kashian, controla os exércitos da terra. Soldados de infantaria e senhores dos cavalos. Duva, grávida depois de um casamento arranjado. Os cincos tem direito ao trono e a tensão no ar por conta de quem seria o escolhido, ronda o decorrer da história.

Nesryn se torna uma personagem com uma história, o desenvolvimento feito em cima dela foi muito merecido. Nesse reino tão desconhecido para Chaol, é a terra natal de Nesryn e sua alegria ao voltar para casa é linda. Além disso, Nesryn é de longe umas das personagens mais maturas que já li, a forma como ela apoia Chaol mas sabe que ele pode está desenvolvendo sentimentos por outra é de querer abraçar a personagem e não largar mais. Ainda bem que Sarah J. Maas não decepcionou e colocou um macho a altura do que nossa Nesryn merece. Satarq se aproxima rápido de Nesryn, como os capitulos entre Yrene e Chaol, os de Nesryn e Satarq se tornam rotina. E a história se desenvolve assim. Cada "casal" de um lado vivendo e aprendendo. Aliás, não desgoto mais do Chaol, o amadurecimento do personagem é visivel e seus arrependimentos também, aprendi a gostar dele ao decorrer de sua evolução.
Enfim, o final do livro é surpreendente e as revelações também. Recomendo muitoooo!

Não é o fim
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