Resenha - Rainha das Sombras ( Trono de Vidro #4) - Minha Biblioteca
- Helza Aragão
- 13 de out. de 2020
- 5 min de leitura

Sinopse: Todos que Celaena Sardothien amou lhe foram tirados. Mas finalmente chegou a hora da retribuição. A vingança promete ser tão dura quanto o aço da Espada de Orynth — a espada de seu pai. Finalmente Celaena retornou ao império; por justiça, para resgatar seu reino e confrontar as sombras do passado. A assassina está morta. Ela abraçou a identidade de Aelin Galathynius, rainha de Terrasen. Mas antes de reclamar o trono, precisa lutar. E ela vai lutar. Por seu primo, a Puta de Adarlan, o general do Norte... um guerreiro preparado para morrer por sua soberana; por seu amigo Dorian, um príncipe preso em uma inimaginável prisão; por seu povo, escravizado por um rei cruel e à espera do retorno triunfante de sua líder; por seu carranam e a libertação da magia. Ao avançar em seu plano, no entanto, Aelin precisa tomar cuidado com velhos inimigos. E abrir o coração para novos e improváveis aliados. Tudo isso enquanto os valg continuam trabalhando nas sombras. E Manon Bico Negro, a Líder Alada das Treze, treina suas bestas voadoras. Mas é de Morath, a fortaleza montanhosa do Duque de Perrington, que uma ameaça como nenhuma outra promete destroçar seu grupo de rebeldes e sua corte recém-formada.
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 644
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OBS: A RESENHA CONTÉM SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES E ALGUNS DO LIVRO ATUAL
Em Rainha das Sombras, eu acho que em certo momento eu não estava mais vivendo e sim lendo. Quem é leitor, vai entender o que eu quero dizer. De novo, o final dá uma virada na história, é como se o ponteiro do relógio marcasse meia-noite e alguém gritasse “ TUDO DE NOVO”.
No final de Herdeira do Fogo, os acontecimentos, me deixaram sem palavras. Não por serem fortes demais, mas pela forma como foi executado: rápido e em poucos páginas. Com uma agilidade que até tive que reler certas partes.
Em Rainha das Sombras, Celaena voltou a usar o nome de batismo, sem vergonha e com muita garra, não foi difícil me acostumar ao nome, mas vi a diferença entre Aelin e Celaena, algo que não tinha percebido na resenha do livro anterior quando comentei sobre, Celaena tem pouca esperança, pronta para matar qualquer um e por qualquer preço, mas Aelin tem um objetivo maior, tem esperança e quando não parece mais existir jeito, ela pensa em quem depende dela e isso a faz ressurgir. Agora, de volta em Adarlan, os problemas surgem aos montes e ela precisará ser forte o bastante para obter sucesso.
“— Da proxima vez que eu sair escondida — retrucou ela, com raiva — se eu pegar você me seguindo como uma enfermeira superprotetora, vou…
— Vai o que? — Rowan se aproximou o bastante para respirar o mesmo ar que ela, as presas expostas”

Chaol ficou mais idiota e rude do que eu achava possível ser, ele culpa Celaena como sua própria fuga de responsabilidade e quando a aceita, a grande responsabilidade que tem, a usa como desculpa para suas ações. Eu, sinceramente, não aguento o personagem. Sinto muito quem gosta, mas pra mim ele é entediante e chato. Além de um belo filha da mãe ao jogar tudo na cara de Aelin, como se ela estivesse brincando enquanto ele estava passando pelo seu inferno particular. Não gosto e pronto. Porém, caso ele tivesse morrido, eu choraria feito uma bebê. Não gosto, mas quero vivo sim.
Aedion foi apresentado no último livro, e talvez eu não tenha comentado o suficiente sobre, mas estou aqui para mudar isso. Aedion é primo de Aelin e sua vontade de servir a prima me deixa deslocada. Deslocada porque ele estava preso nas masmorras do rei de Adarlan e sua chance de sair vivo era pequena demais, e mesmo querendo servir, ele se deu por vencido ao entender que o rei queria que Aelin fosse buscá-lo, como uma armadilha, com isso em mente, ele se deixa adoecer.
Aelin precisa de ajuda para libertar Aedion e acabou parando na porta de Arobynn Hamel, seu mestre, a autora não dá muito detalhes do que aconteceu entre Aelin e Arobynn no passado nesse livro, mas tudo está no livro dos contos: A Lâmina da Assassina. Então se você ainda não leu, indico ler antes de começar esse. Enfim, Aelin fez acordos com ele por seus aliados, mas ela foi esperta, dessa vez, soube como ser melhor que o seu mestre. E aqui, eu comecei a entender que Celaena virou cinzas.
Rowan continua sendo amado por mim, e ver Aedion e Rowan em cena, faz parecer que Aelin está em fim encontrando seu lugar. Eles três formam uma equipe poderosa. O casal principal: Rowan e Aelin são um caso sério de: “ VOCÊS VÃO SE MATAR!”, mas o que seria de um livro da Sarah J.Maas sem essa emoção entre os casais?
Lysandra, uma personagem que estava presente em A Lâmina da Assassina, se torna uma aliada e sua história é contada. Eu preciso dizer o quanto essa mulher é forte e poderosa, a amizade dela com Aelin mudou tudo na dinâmica do livro e até mesmo o comportamento de Aelin.
“— Oi, principizinho
— Oi, bruxinha”

Dorian, o principe, vem amadurecendo bastante porque só acontece merda com ele. No final de Herdeira de Fogo, sua namorada foi morta pelo rei de Adarlan na sua frente e logo após ele foi preso em um dos cordôes sinitros do pai. Agora, ele é controlado por um principe demônio. Dorian pouco aparece e seus capitulos narrados são extremamente pequenos, o que me desagradou um pouco por gosta do personagem e querer seu bem.
Manon Bico Negro está cada vez mais mostrando que tem sentimentos, e acho que nem a personagem se toca disso, como Lider Alada suas decisões são extremamente controladas pela a avó e pelo duque. Porém mesmo assim, ela ajuda como pode. Cada vez mais ultrapassando barreiras impostas por sua avó e fazendo o que acha certo.

“— Quer que eu o mate Dorian?
— Quero que faça muitas coisas comigo
— Venha me ver de novo, principe, e veremos quanto a isso. “
Kaltain está presa ao duque Perrington, lembro que só falei dela uma vez em uma das resenhas passadas, mas aqui ela se torna importante. Tanto por suas ações como pelo o que ela está aguentando sozinha. Se eu pudesse descrever o ódio que eu senti ao ler as cenas em que ela estava próxima do duque… O final dela me deixou chateada, uma personagem que mereci mais, na minha opinião, merecia muito mais.
Elide é sombrinha de Vernon, maltratada desde pequena, sua mãe foi responsável por salvar Aelin da morte quando pequena, mesmo com medo ela tenta tudo que pode para sair das garras do seu tio, até mesmo roubando uma bruxa poderosa. Espero ver mais de Elide no próximo livro, acredito que a personagem tem um potencial enorme e espero que Sarah não se faça de doida. Já Lorcan é um caso sério de chatice, ele e Chaol parecem competir. Fica toda hora em cima e com aquela loucura de servir a Maeve descontroladamente, descumprindo as regras tentando ajudar sua rainha. O mais interessante: a mesma não está nem ai e o quer morto. Espero, ansiosamente, pelo dia em que ele vai parar com essas noias.
“— Se eu morrer por sua causa, vou encher-la de porrada no inferno
—Você… deveria me deixar morrer
— Eu sei, eu sei "
O melhor desse livro, é que temos mortes de certos personagens e desenvolvimento de outros que eu estava morrendo de curiosidade, Rainha das Sombras é lindoooo demais e é cinco estrelas sem dúvidas.

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