Resenha - Herdeira do Fogo ( Trono de Vidro #3) - Minha Biblioteca

Sinopse: Celaena ressurge das cinzas ainda mais forte e letal. E parte em uma jornada em busca de uma obscura verdade: uma informação sobre sua herança e seus antepassados que pode mudar sua vida e o futuro de dois reinos para sempre. Enquanto isso, forças sinistras começam a despontar no horizonte e têm planos malignos para dominar o seu mundo. Agora, depende de Celaena encontrar coragem para enfrentar tais perigos, além de seus próprios demônios, e fazer a escolha mais difícil da sua vida.

Autora: Sarah J. Maas

Editora: Galera Record

Páginas: 518

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OBS: A RESENHA CONTÉM SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES E ALGUNS DO LIVRO ATUAL

Celaena parte para Wendlyn, em nome do rei mas com os seus próprios objetivos em mente: descobrir todos os segredos por trás das chaves de Wyrd, em um lugar totalmente desconhecido pela mesma. Dorian quer controlar seus poderes, pois a cada nova situação de estresse ou nervosismo, não consegue se segurar e isso pode se tornar um problema grave. Chaol continua fazendo seu papel de “ vou salvar Celaena e defender o principe”, o que o deixa muito ocupado e eternamente se julgando. O rei Adarlan está maquianando planos, pela forma como o mesmo age. Porém, mesmo sendo um personagem importante, pouco aparece e quando aparece é pra fazer ou dizer merda, eu só estou esperando pelo dia em que o seu caixão será ocupado.

Dizer que isso é um livro é uma visão bondosa, pois o tanto que eu me sentir sendo jogada de historia em historia não tá descrito! Isso é a propria novela das nove, somente foi transcrita e encapada, pois a cada segundo, você vai acompanhando os personagens que as vezes nem tem relação um com o outro ainda. Eu me sentir a própria bolinha de ping pong.

“— É isso que você faz? Foge quando as coisas ficam dificeis?

— Está livre da obrigação de me treinar, então não tenho mais nada a dizer a você, assim como você não tem mais nada a dizer a mim. Faça um favor a nós dois e vá para o inferno”

Nesse livro, temos váriooos personagens novos e como maioria considera (e eu também) esse é o livro “divisor de águas” exatamente por isso. É aqui que começamos a entender onde a autora quer nos levar e qual o objetivo de tudo isso. O livro se passa em vários lugares do próprio universo da autora, nos permitindo acompanhar todos a cada capítulo.

A narrativa já começa com Rowan entrando em cena, com muito mistério e seriedade, para enfenizar a vida de Celaena. Os dois não se dão bem e o problema puxa mais para o lado de Rowan que julga a assassina, sem nem mesmo conhecê-la ou saber do seu passado. Ao longo do livro, ele se abre mais e se permite parar de ser tão rude e idiota. Eu o adorei, caso estejam curiosos, ele me divertiu. O que eu fiquei bem intrigada é que tem partes da narrativa deles dois juntos em que os mesmos se comunicam sem falar nada, o que suspeito seja o laço de parceira, pois me lembro que na série de Corte de Espinhos e Rosas era dessa forma que acontecia os dialogos quando nenhum falava. Além de algumas outras cenas, que não me permito comentar.

“ — Você é Abraxos, dei esse nome a você porque ele é a Grande Fera, a serpente que se enrosca ao redor do mundo e o devorará no fim, quando a Deusa de Três Rostos ordenar. Você é Abraxos — repetiu ela — e é meu”

Temos também a entrada nada discreta de Manon, lider das Trezes. Ela participa com outras bruxas de uma competição para se tornar Lider Alada do rei ( o fetiche que esse homem tem em competição…) e ao decorrer conhecemos sua personalidade e vida. Admito, aos poucos, ficou entediante ter que ler os capítulos dela, sendo que tinha acabado de ter algo emocionante nos capítulos da Celaena, porém indico que leiam mesmo assim porque vale a pena, juro! A relação dela com Abraxos é intrigante e linda ao mesmo tempo, é como se a personagem tivesse encontrado um amigo para a vida inteira, enfim, eu amei bastante a personagem e sua história, ou pelo menos o que foi revelado, e sei que ela irá fazer muitoooo barulho daqui pra frente e aguardo por isso.

Chaol está mais perdido que cego em tiroteio, sinceramente, quem foi que deu a ideia dele assumir as rédeas? Enfim, no final do último livro, Chaol forma um plano e consegue mandar Celaena para longe, exatamente por descobri que ela não é uma simples humana, e nas últimas paginas Celaena revela para Chaol que ela é a Aelin Galathynius, a rainha perdida de Terrasen ( realmente, passa longe de ser uma simples humana). Com essa revelação, ele se envolve mais ainda em investigar sobre e se informar. Entrando em confusões e mais confusões e coloque MAIS confusão. Chaol tem a missão, que ele mesmo se impôs, de proteger seus amigos, se colocando cada vez mais no fundo do poço, com direito á discussões com o pai. Isso tem consequências não muito boas para ele no desenrolar dos acontecimentos.

Dorian quer controlar seus poderes, mas no meio disso começa a notar uma curandeira e acaba se envolvendo com a mesma. Ela o ajuda com seus machucados e em tentar parar os seus poderes. Eu não tenho muito a declarar sobre além de: o que aconteceu no final, eu já estava prevendo, mas mesmo assim doeu. Não por causa dela em si, porque a participação dela foi um 0 a esquerda, mas por causa dele. Até agora fico pensando, o que rolou para ela ter entrado em cena, pois a autora não detalhou a personagem e sentir como se ela fosse usada mais como um passatempo enquanto a hora final não chegava.

"— Me reconforta saber que pessoas como você tem um lugarzinho especial á espera no inferno

— Diga algo que eu não sei

Ela fez um gesto especialmente vulgar para Rowan ao pisar no gelo"

Celaena que agora sabemos que é Aelin, começa a treinar aduarmente com Rowan. A maioria dos seus capítulos são somente treino e mais treino, o que não me desagradou nem um pouco. A mesma teve um amadurecimento e seus objetivos ficaram mais claros, mesmo com medo, ela dá o seu máximo por tudo que acredita e promete. Falando sobre uma polêmica em relação a esse livro e principalmente, em relação a Celaena, muitos não gostaram por acreditar que Celaena mudou muito por causa da revelação de seu verdadeiro nome e não parece mais a mesma. Eu acredito que sim, ela mudou e amadureceu, porém nada a ver com a revelação de sua identidade. O nome era algo que já era dela desde o inicio, só a gente que não sabia. Na minha opinião, um nome a mais ou a menos para a nossa assassina não muda em nada. A história está diferente e não parece em nada com o primeiro livro, mas acredito que isso se deve ao amadurecimento e crescimento do universo da autora.

“— Elas transformaram vocês em monstros. Transformaram, Manon. E nós sentimos pena de vocês”

Antes do final dessa humilde resenha, venho avisá-los que tem capítulo extra pela internet desse livro, um capítulo único e que eu considero importante para entender as ações de Celaena ao final, então caso queira ler, recomendo que o faço somente no meio do livro. Pesquise no Google " Capitulo Extra de Herdeira do Fogo" e seja feliz!

Enfim, o final me abalou bastante, tanto positivamente quanto negativamente, e recomendo que estejam preparados para o que esse livro vai te proporcionar. Enfim, espero que no próximo certas pessoas caiam de um Trono de Vidro.

Para qualquer fim